Publicado em 19 maio 2019

Autoexame auxilia na detecção do câncer de testículo

Embora seja pouco frequente na população em geral, representando apenas 5% do total de casos de tumores em homens no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tumor de testículo é o câncer mais frequente em homens jovens, na faixa etária entre 15 e 35 anos.

O tumor de testículo pode ser classificado em dois tipos: tumor germinativo não seminomatoso, de caráter mais agressivo, e tumor germinativo seminomatoso, de crescimento mais lento. Dentre os fatores de risco estão o histórico familiar de parentes em primeiro grau com este tumor, lesões e traumas na bolsa escrotal, a exposição a alguns tipos de substâncias químicas, além da criptorquia, que é a não descida de um ou dos dois testículos para a bolsa escrotal, principalmente quando esta doença não foi tratada ou foi corrigida após os 2 anos de idade. 

O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Caso sejam observadas alterações como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimentos, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos, o urologista deve ser logo consultado.

O diagnóstico é feito a partir do exame físico, do exame de ultrassonografia da bolsa escrotal e da dosagem de marcadores tumorais no sangue. E assim como em outros tipos de câncer, quanto mais cedo for o diagnóstico, melhores são as condições de tratamento e chances de cura. Também é importante que os homens, principalmente os que estão no grupo de risco, façam o autoexame mensal dos testículos. Caso apareça um nódulo ou endurecimento do local, procure seu urologista.

O câncer de testículo apresenta baixo índice de mortalidade. O tratamento inicial é feito por procedimento cirúrgico, com extração do testículo afetado. Em estágios intermediários e avançados, o tratamento pode incluir quimioterapia e radioterapia, além da cirurgia.