Publicado em 10 maio 2018

Homens devem ficar atentos ao aumento da frequência urinária


Esforço para urinar, jato urinário fraco e intermitente (com interrupções), dor e sensação de queimação no ato de urinar, presença de sangue na urina e o aumento da frequência urinária, especialmente à noite, são sintomas aos quais os homens devem estar sempre atentos. Alguns deles podem indicar uma doença de próstata muito comum, principalmente a partir dos 40 anos: a hiperplasia prostática. Portanto, sempre é recomendável que o indivíduo que apresente um ou mais desses sintomas procure um urologista para buscar o correto diagnóstico.

Uma glândula que tem o tamanho aproximado de uma castanha e que pesa entre 15 e 30 gramas no homem adulto, a próstata é responsável pela produção de parte do líquido seminal que compõe o esperma e substâncias que dão suporte à sobrevivência dos espermatozoides. Com o passar dos anos, porém, ela começa a crescer e esse aumento da próstata comprime a uretra, provocando a dificuldade para urinar e a redução da capacidade da bexiga de reter a urina, que dão origem aos principais sintomas da hiperplasia de próstata, que se caracteriza pela multiplicação benigna das células prostáticas.

“A dificuldade para urinar é um sintoma. Já a redução da capacidade da bexiga de reter a urina é uma deterioração da sua função provocada exatamente pela dificuldade de esvaziamento. À medida que a próstata vai crescendo e comprimindo a uretra, a bexiga tem dificuldade de esvaziar e vai se fortalecendo, ela é um músculo. Então, como ela está fazendo mais força para esvaziar, vai hipertrofiando o músculo dela, igual ao sujeito que faz musculação, ele pega cada vez mais peso e o músculo vai ficando mais hipertrofiado. Conforme o músculo da bexiga vai ficando hipertrofiado, vai diminuindo a capacidade dela de distender para armazenar. Por isso, a pessoa tem esse sintoma de levantar várias vezes à noite para urinar, porque armazena menos e o músculo fica muito responsivo. Assim, um pouco de urina que tenha na bexiga já dá vontade de esvaziar”, explica o urologista João Luiz Schiavini, que é responsável pelo setor de Andrologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e também é professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Diferentemente do câncer de próstata, a hiperplasia é uma lesão benigna. Seu tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, por meio da utilização de medicamentos ou mudanças comportamentais. A escolha do tratamento é feita com base nas condições clínicas do paciente, o tamanho da próstata, os danos causados ao aparelho urinário, principalmente à bexiga, a gravidade dos sintomas, a presença de complicações relacionadas à hiperplasia prostática benigna e a preferência do indivíduo. Ambos os tratamentos têm elevado índice de sucesso, chegando à melhora significativa ou total dos sintomas em grande parte dos pacientes. Mas, para isso, quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, maior a chance de sucesso. “Uma detalhe muito importante que precisamos chamar a atenção é que o tratamento da hiperplasia prostática não leva, necessariamente, à disfunção erétil. Esse é um medo que muitos homens têm e, por isso, que eles evitam procurar um urologista para tratar qualquer coisa da próstata. Pelo contrário, algumas vezes o tratamento da hiperplasia prostática melhora a função erétil deles”, conclui o Dr. João Luiz Schiavini.

Notícias, Urologia UERJ informa |

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