Publicado em 3 out 2018

Mitos e verdades sobre a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino


Mitos e verdades sobre a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino

A maioria das pessoas já ouviu falar sobre a menopausa, quando o organismo feminino deixa de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona, e suas implicações na vida da mulher. O que nem todo mundo sabe é que no processo de envelhecimento masculino também podem ocorrer alterações hormonais, só que neste caso é a diminuição dos hormônios andrógenos, sendo o mais conhecido a testosterona. E, nesta matéria, vamos desmitificar o assunto.


1 – O homem tem a chamada andropausa.

Mito. O termo andropausa é biologicamente equivocado e clinicamente inapropriado, pois ao contrário do que ocorre com as mulheres, que, como explicado acima, deixam de produzir estrogênios, no homem não existe essa “pausa” e sim a redução progressiva, na maioria das vezes lenta, da produção de testosterona. Portanto, o nome correto é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou, ainda, Hipogonadismo Tardio do Adulto.



2 – Todos os homens sofrerão de Daem.

Mito. A redução na produção da testosterona, que chegue a causar desconforto clinico, é uma condição médica que irá ocorrer em alguns homens, mas nem todos terão uma queda hormonal significativa.



3 – Os homens começam a ter uma perda gradual de hormônios a partir dos 30 anos.

Verdade. A produção da testosterona começa a declinar a partir dos 30 anos de idade, mas é uma perda gradual e lenta. Contudo, não existe uma idade certa para o DAEM aparecer, apesar da incidência ser mais comum após os 40 anos de idade. Além disso, problemas que resultem na queda dos hormônios andrógenos podem ocorrer até mesmo na infância, ocasionando o atraso da puberdade.



4 – Os sintomas de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino são sempre iguais.

Mito. Os sintomas variam conforme a taxa hormonal e, no início do quadro, podem não interferir na saúde. Quando há uma queda acentuada, podem ocorrer diminuição da libido, alterações de humor, irritabilidade, sensação de cansaço, dificuldade de concentração, perda de memória, depressão, distúrbios do sono, sensação de perda de energia, anemia, redução das massas muscular e óssea e disfunção erétil, nessa ordem.



5 – A obesidade é um dos fatores de risco de Daem.

Verdade. Alguns fatores podem estar associados ao aparecimento e progressão do DAEM e incluem obesidade, hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo, álcool em excesso e dislipidemias, isto é, a presença de gordura no sangue, como colesterol e triglicérides.



6 – Homens com DAEM têm mais chance de desenvolver outras doenças.

Verdade. A diminuição das taxas de testosterona no organismo masculino pode facilitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e osteoporose.



7 – A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino não compromete a fertilidade.

Mito. Quando a produção de testosterona é muito baixa, pode ocorrer a infertilidade já que a redução do nível de testosterona pode provocar a queda da produção de espermatozoide, além de levar à diminuição do desejo sexual.



8 – O diagnóstico de DAEM é feito por avaliação clínica e laboratorial.

Verdade. O diagnóstico é feito a partir da avaliação dos sintomas – alguns dos citados anteriormente – junto de exame de sangue que mede os níveis de testosterona que estão efetivamente disponíveis na corrente sanguínea para serem utilizados pelo organismo.



9 – Todos os homens com DAEM precisam fazer reposição hormonal.

Mito. A reposição hormonal só é necessária quando o nível de testosterona é inferior a 200 nanogramas por decilitro de sangue, quando associado aos sintomas, e deve ser feita de forma bastante criteriosa, baseada no diagnóstico efetivo de Daem  e na ausência de contra-indicações, como apneia do sono, câncer de próstata, policitemia, dentre outros. Também é importante que todo homem que faça reposição hormonal seja acompanhado regularmente por um urologista para avaliar a eficácia do tratamento e monitorar efeitos adversos da reposição hormonal.



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